Ditadura Estética

Dia após dia, somos bombardeados através dos meios de comunicações com convites para adentrar em um mundo perfeito, que nos impõe um padrão considerado correto a seguir.  
 “- Você pode ser feliz se tiver um corpo sarado!!!”
“- Troque seus neurônios por uma barriga tonificada!”
Ainda que a saúde possa ser prejudicada por conta dessa obsessão para manter-se em forma, as pessoas parecem valorizar muito mais o físico perfeito, do que a saúde mental, a paz de espírito.
Ser uma escultura em forma de gente parece ser tão normal, que muitos acabam tornando-se um ridículo estereótipo. Claramente se observa tais pessoas agindo conforme o atual padrão de beleza exigido. A realidade é essa: mulheres morrem da fome para serem magras que nem um palito, enquanto homens frequentam academias vinte e cinco horas por dia, para serem aterrorizantemente musculosos.
Mal paramos para analisar que de nada vale uma beleza externa, se não for acompanhada de beleza interna.   
Infelizmente, as pessoas (ou devo chamar de acéfalos?) se sujeitam a isso para que sejam aceitas nessa sociedade que leva em conta a capa do livro, ao invés do seu conteúdo. 


Evolução (da decadência) humana


Como bem se sabe, hoje não se vive mais sem a tecnologia avançada.
E eu me pergunto: isso é realmente necessário?
Digo: pra quê mesmo que inventam parafernalhas a cada milésimo de segundo?
Para facilitar nossas vidas? Nos proporcionar mais conforto?
Definitivamente, NÃO. Caso você seja um dependente dessa tecnologia, pegue uma das desculpas citadas acima e seja feliz com sua vida robótica.
Sim, eu tenho televisão, computador, e vários aparelhos eletrônicos em casa. Mas o que eu abomino, é o que vai muito mais além. São aparelhos ou produtos que ‘fazem tudo por você’. Eles basicamente SÃO você.
Se você parar e olhar em volta, verá que a ciência com suas descobertas "magníficas" está fazendo do nosso futuro algo assustador.
Não estou dizendo que a ciência traz somente malefícios. A ideia que tento passar é a seguinte: a ciência sempre vai nos prejudicar de alguma forma – nesse caso, o meio ambiente.
O homem vive tentando ser maior que a natureza. Usamos nossa inteligência para nos aproveitar e lucrar por intermédio de seus recursos, mas sequer nos incomodamos de investir nestes. Nos esquecemos de que esses mesmos recursos, nos fornecem a vida sem tirar proveito algum nosso.
Entretanto, o meio ambiente dá respostas à nossas agressões: terremotos, furacões, tsunamis. Constantes tragédias... Os criadores disso tudo? Somos nós.
Nosso planeta grita pra pararmos. Mas nós dizemos: “Queremos mais, nem que custe o preço de nossas vidas!”.
Fato que ignoramos, pois custará.
Agora, eu lhe pergunto: isso é realmente necessário?   
"(...)Calotas polares derretem e modificamos códigos genéticos em nome da ciência, o Homo se diz Sapiens, mas o que mais lhe parece faltar é a sapiência". (Panorama - Forfun)

Geração Coca-Cola

Hippies, punks ou darks... Alguém hoje se recorda desses termos? Pois bem, atualmente são apenas termos mesmo, já que estes jovens revolucionários foram extintos e deram lugar as novas gerações de adolescentes, a esta gigantesca "geração coca-cola". Velhos adolescentes, novos adolescentes... são diversas as comparações que podem ser feitas entre ambos, basta voltar ao tempo e logo em seguida olhar para o agora.

Voltando ao tempo, descobriremos adolescentes inquietos diante o conformismo das pessoas; que se expressando através da música, das passeatas feitas nas ruas, conseguiram se opor a alienação que a sociedade quis lhe impor. Atualmente, há ainda sim jovens com os mesmos pensamentos e atitudes. Ambos com a mesma vontade: fazer a diferença no mundo. A adolescência do ontem e do hoje foi e é extremamente determinada a alcançar metas sejam lá quais forem. Os jovens sempre tiveram ânsia de novas aventuras, novos horizontes, buscando manter a mente aberta sobre o que os cerca.
Entretanto, foi na busca dessa mente aberta, que vários adolescentes adentraram no mundo de "sexo, drogas e rock n' roll", e passaram isso para as gerações seguintes. Grande parte da velha e nova adolescência tornou-se chaminés ambulantes, com doenças incuráveis originadas não só do consumo de drogas, como também das inconsequentes relações sexuais. O que perdura igualmente é o egoísmo, comprovando de que nada adianta o antigo lema "peace and love" se o 'eu' está muito acima do 'você'.
Feito uma análise sobre o assunto, posso afirmar que acredito tanto na beleza da antiga adolescência, como a que hoje faço parte, e sei admirar a essência de cada uma. Porém, é triste perceber que a maior parte dos adolescentes já não se preocupa tanto com seus direitos, com a liberdade de expressão e opressões da sociedade. Estes, substituem por a preocupação da balada que se vai frequentar, com a nova roupa de grife que está no auge da moda, e tudo que se é relacionado ao seu próprio umbigo. A questão é: o que resta aos jovens considerados verdadeiras peças raras em meio a gente tão cheia de si? Simplesmente, cabe a eles transformar em luz o que é escuridão, afinal, o tempo não para!