Em um lugar onde as pessoas eram mais humanas, e tinham um amor próprio, assim se permitindo amar aos demais. Só que aos poucos, todo o amor que as pessoas compartilhavam umas com as outras, passou a ser direcionado a outras coisas. Bens materiais. Todos dedicavam não só o seu “amor”, mas suas vidas a estes que há tempos atrás, eram apenas meros bens materiais. Não demorou nada para muitos ficarem completamente cegos sobre o que estavam se tornando, e sobre o que estava acontecendo com aquele sentimento tão belo. Como era mesmo o nome? Ah: o amor. Ocorria uma mutação com aquelas pessoas antes nobres de alma; a falta de respeito passou a habitar suas mentes. Ganância, mentiras, orgulho, e um emaranhado de maus sentimentos corrompiam o amor. A situação se tornara tão alarmante que ninguém tinha o menor respeito por si mesmo, e logo não havia o amor. Porém não bastava toda a idolatria depositada em coisas supérfluas, não! Eles queriam mais, muito mais. Chegara ao ponto de filhos matarem seus pais, pais matarem seus filhos, pais e filhos matarem a si mesmos.
Dentre toda essa matança o amor já havia sido exilado cruelmente. O egoísmo vencera, o capital que cada um possuía se fizera um soberano naquelas mentes alienadas.
No entanto, ainda havia algo ali. Não, não naquele mundo doente. Estava logo ali, no interior daqueles seres. Caberia agora a eles resgatar o que parecia inexistente.
Era inacreditável, mas foi isso que lhes acontecera. Claro que apenas com os que se empenhavam a buscar os vestígios do amor seja onde estivesse, e acabaram por descobrir que simplesmente estavam em suas almas. Eles sentiam o amor pulsar dentro de si. Conforme o tempo passava, sentiam-no mais fortemente; tão forte, que atingia pessoas que estavam ao seu redor. Era completamente encantador!
O amor não pudera mais habitar o mundo, sua morada a partir de então se encontrava somente nos que provavam serem merecedores, os verdadeiros amantes do amor.
Hoje em dia, é incrível como o amor não se deixa enganar: sabe muito bem quando demonstrado de forma verdadeira, porque afinal, o amor é autêntico, e aprecia quando se constrói lentamente, dando tempo ao tempo – que, aliás, é grande amigo do amor.
Só assim, há uma certeza de amor eternizado, e de que o amor só morrerá quando as vidas dos incondicionais amantes chegarem ao fim.
Te amo, amor!
ResponderExcluir